São Paulo, segunda-feira, 13 de janeiro de 1997 |
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Celso Pixinga traz Blue Note para o Sesc Paulista
CASSIANO ELEK MACHADO
Quase um ano depois, o mesmo espetáculo chega a São Paulo. Pixinga sobe ao palco do Sesc Paulista para lançamento do CD "Wake Up" (gravadora Paulinas-Comep), em apresentação única gratuita. O sexto trabalho solo do artista reflete a visão de um estrangeiro. "A química do disco é norte-americana", diz Pixinga. O repertório do CD foi escolhido para "representar o país". "Wake Up" reúne baião, jazz e samba, com pitadas de funk, ritmo predominante nos primeiros discos do músico. A apresentação de hoje é fiel ao disco. Celso Pixinga, codinome de Celso Cláudio Cascarelli, toca apenas as oito faixas do CD com acompanhamento da mesma banda, a PX Band II. Como em seus dois trabalhos anteriores, Pixinga dilui música instrumental com intervenções vocais das cantoras Cláudia Ferrete e Rita Kfouri. Como as composições não têm letras, as vocalistas criam apenas um "padrão", que, de acordo com o baixista, tem a função de tornar as músicas mais acessíveis. A técnica do "slap", na qual o instrumentista "estrala" as cordas do baixo, marca registrada dos primeiros trabalhos do músico, fica em segundo plano. Pixinga "slapeia" apenas no tema "Badulet". "Pixinga é um dos poucos instrumentistas que sempre deu a cara para bater", diz o próprio Pixinga -que, como Pelé, se refere a si mesmo na terceira pessoa. Ele se queixa do tratamento dado no Brasil aos músicos que seguem carreira instrumental. Sua "arma secreta" é a escola Baixomania, que "permite que Pixinga pague suas contas", diz o músico, que já acompanhou nomes tão variados como Gal Costa e Jessé. Show: Celso Pixinga Quando: hoje, Texto Anterior: Portinari tem pelo menos 200 falsificações Próximo Texto: O melhor da semana Índice |
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