São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997
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Novo reitor da Unesp quer mais independência para os campi

Posse de Antonio Manoel dos Santos Silva será hoje em SP

LUCIANA BENATTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Toma posse hoje, em solenidade no Memorial da América Latina, o novo reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Antonio Manoel dos Santos Silva, 54.
Ele, que é professor titular de literatura brasileira no campus de São José do Rio Preto, teve 60% dos votos válidos dos professores, 61% dos estudantes e 37% dos funcionários.
Antonio Manoel irá substituir Arthur Roquete de Macedo, de quem era vice-reitor. Como primeira medida de sua gestão, promete a "completa descentralização acadêmica e administrativa" da universidade.
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Folha - Como o senhor pretende implantar a descentralização?
Antonio Manoel dos Santos Silva - A descentralização implica uma diminuição considerável da tramitação de processos das unidades para a reitoria. No fundo, implica uma co-responsabilidade de gestão acadêmica das nossas unidades universitárias.
Folha - Essa descentralização também leva à redução de custos?
Antonio Manoel - Primeiro, há uma redução de custo de papel. Segundo, muitas reuniões que se realizam na reitoria implicam o deslocamento de pessoas de diferentes unidades universitárias que participam de comissões centrais. Isso se faz com deslocamentos e pagamento de diárias em São Paulo, o que deve cair bastante. A descentralização também vai mudar a forma de tratar os processos. A tendência normal é que os conselhos locais empurrem as decisões aos órgãos centrais.
Folha - O senhor pretende tomar alguma outra medida para melhorar a questão orçamentária?
Antonio Manoel - A captação de recursos externos através dos convênios de colaboração com o setor produtivo e o gerenciamento da pesquisa, no sentido de melhorar o desempenho da universidade junto às agências de fomento, são algumas das iniciativas que estamos pensando em desenvolver.
Folha - O senhor tem algum projeto para ampliar as vagas no período noturno?
Antonio Manoel - Estão em discussão no Conselho Universitário cerca de dez cursos noturnos, além da possibilidade da ampliação do número de vagas dos cursos existentes. Eu acredito que alguns cursos já comecem em 98.

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