São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997
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CHIQUEIRO; GRINGO; COCO; INVISÍVEL; VERDES

* CHIQUEIRO - Comerciantes da região central criticaram a prefeitura pela limpeza que, segundo eles, está sendo feita tardiamente. "Nós trabalhamos no meio de um chiqueiro. O cheiro é tão insuportável que até os mendigos fogem daqui", disse Javier Costa, 45, sócio de uma lanchonete na rua Barão de Duprat.

* GRINGO - A dona-de-casa Regina Miranda dos Reis, 26, que costuma fazer compras na rua 25 de Março, disse que a megaoperação da prefeitura parece uma "faxina para gringo ver". "Só tiraram a camada mais grossa da sujeira, varrendo para baixo do tapete, isto é, para os bueiros, a pior parte."

* COCO - A maior dificuldade na operação de limpeza ontem foi convencer os vendedores de coco verde a retirar os caminhões das ruas que seriam limpas. Eles teimavam em continuar no local, próximos ao Mercado Municipal, e só se deslocaram depois de muito bate-papo. "Se a gente sair, não volta para cá nunca mais", disse, temeroso, um dos vendedores, que não quis se identificar.

* INVISÍVEL - O gerente de loja Raimundo Nonato, 39, disse que não viu as equipes de limpeza na rua Maria Domitila, na manhã de ontem. "Nem o caminhão de lixo passou por aqui hoje (ontem)", disse.

* VERDES - O administrador regional da Sé, João Bento Filho, quer transformar os catadores de papel do centro em agentes ecológicos. Segundo ele, eles já fazem a primeira etapa do processo de reciclagem de materiais, a coleta seletiva, recolhendo papéis das ruas. "Só falta dar uma orientação para que eles possam prestar um grande serviço", disse Bento Filho.

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