São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997
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Física da Unicamp é considerada difícil

CRISTIANE YAMAZATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Questões bem elaboradas e abrangentes. Essa foi a opinião dos candidatos do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) sobre as provas de física e de geografia realizadas ontem.
A maioria dos vestibulandos considerou as questões de geografia fáceis, e as de física, difíceis.
"As questões de geografia falavam da atualidade, e os textos dos enunciados auxiliavam na elaboração das respostas. Acho que fui bem", diz Juliana Donnini, 18, que tenta odontologia.
Em relação à prova de física, Juliana também elogia as questões, mas diz que não se saiu bem.
"O exame estava abrangente. Algumas questões de física estavam fáceis, outras não. Tenho consciência de que não sei muito essa matéria, por isso não fui muito bem", afirma.
Outra candidata que lamenta seu desempenho na prova de física é Elaine Cristina Ricardo, 18, que presta estatística.
"Deixei quatro questões de física em branco: a 2, que falava da trajetória de um avião, a 7, sobre nível sonoro, a 8, sobre raio de luz e a 12 que tratava de circuitos."
Em geografia, Elaine diz que foi razoável. "As questões estavam bem claras, deu para responder sem muitos problemas."
Já o candidato Tiago José Alves Pessoa, 17, diz que o exame de geografia da Unicamp é muito mais bem elaborado do que o da Fuvest. "A prova de geografia de hoje é muito bem feita e traz questões criativas. Muito melhor que a da Fuvest," compara.
Quanto às questões de física, Tiago diz que não se saiu muito bem. "Achei física difícil. Deixei mais da metade das questões em branco." Ele tenta história.
O professor de física Ricardo Helou Doca, do curso Objetivo, concorda com os candidatos quanto ao grau de dificuldade da questões de física. Para ele, essa foi a prova mais difícil dos últimos dois anos.
"Foi um exame puxado que exigiu muito conhecimento, conceito e, sobretudo, muita interpretação das situações propostas."
O professor acrescenta que a prova não exigiu cálculos complicados e cumpriu seu objetivo seletivo. "Apesar de ser um exame difícil, é uma prova viável que certamente selecionará os melhores candidatos."
A professora Vera Lúcia da Costa Antunes classificou o exame de geografia como trabalhoso e de nível médio. "O aluno deve ter tido muito cuidado com o que foi pedido. A prova exigiu muita capacidade de leitura."
Ela ressalta ainda que as questões foram muito criativas e exploraram assuntos de cunho social e econômico. "O perfil de aluno que a Unicamp quer é o de um candidato com um bom embasamento cultural e com hábito de escrita."

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