São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997 |
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Sesc reúne 38 atrações em 10 shows Projeto mostra 50 anos de MPB ANA CRISTINA PESSINI
"A idéia de fazer uma retrospectiva da MPB foi do coordenador Marcos Luchesi, aproveitando as comemorações do cinquentenário do próprio Sesc", diz Zuza Homem de Mello, que cuida da direção dos espetáculos. Responsável pelo formato do evento, Homem de Mello, que também organiza mensalmente o projeto Ouvindo Estrelas do Sesc e, desde 1985, o Free Jazz Festival, explica que ao todo serão 38 atrações, dividas em dez shows "episódicos" com, no mínimo, três artistas por dia. "No Aberto para Balanço, o público terá uma visão do que há de mais representativo na MPB", afirma Homem de Mello. Para justificar suas presenças, os convidados terão, em média, 40 minutos (com intervalos de 20 minutos entre um e outro) para mostrar um repertório que tenha a ver com o tema da noite. Pontuando esse repertório, cada artista deverá dar um depoimento sobre a sua ligação com tema no qual foi encaixado. A amostragem vai desde a época dos grandes festivais das décadas de 60 e 70, com Tom Zé, Sérgio Ricardo e MPB-4, em "Proibido, Proibir", até os últimos destaques da mídia, com Chico César, Karnak e Daúde, em "Parabolicamarás". A viagem musical segue com "As Faces de Eva", que trará Zélia Duncan, Fernanda Abreu e Ná Ozetti, passando pela música instrumental, em "Como É Bom Tocar um Instrumento", com César Camargo Mariano e o violinista Romero Lubambo, a Jovem Guarda, em "Jovens Tardes de Domingo", com Wanderléa e Erasmo Carlos, o rock brasileiro, em "Hoje é Dia de Rock", com Barão Vermelho e Kid Abelha, a bossa nova, em "Um Cantinho, Um Violão", com Leila Pinheiro e Roberto Menescal, e o samba, em "Batuque na Cozinha", com Bezerra da Silva e Beth Carvalho. Intérpretes e representantes Engajado no projeto desde setembro do ano passado, Zuza Homem de Mello se diz satisfeito com os artistas que conseguiu reunir. "Não foi fácil trazer tanta gente significativa, como, por exemplo, César Camargo Mariano, que veio dos Estados Unidos." No caso dos intérpretes, a função será ainda mais múltipla, já que eles estarão representando outros músicos e compositores que contribuíram em cada uma dessas fases da MPB. "É o caso da noite do choro, "Nos Bares da Vida", com Silvio Caldas interpretando Pixinguinha, ou na de música instrumental, quando Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti também estarão, indiretamente, lá." Texto Anterior: Hollywood inspira estilistas Próximo Texto: Aberto para Balanço Índice |
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