São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997
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Supérfluos que são essenciais; Convenção do PMDB; Relatórios confidenciais; Decepção; Endereço errado; Boas festas

Supérfluos que são essenciais
"Extremamente oportuno e pertinente o artigo 'A esquerda e o consumo', do professor Renato Janine Ribeiro. Ele oferece importantes pistas de eixos para uma política de esquerda.
Particularmente nos dias de hoje, onde todas as conquistas sociais e econômicas dos trabalhadores e do povo são demonizadas como 'corporativismos', ao lembrar a idéia de Oscar Wilde de que 'as coisas essenciais na vida são, justamente, as supérfluas' esse artigo toma partido em defesa da dignidade do ser humano."
Ivan Valente, deputado federal (PT-SP), vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara Federal (São Paulo, SP)

Convenção do PMDB
"Isso é o que eu chamo de democracia. A ameaça de FHC ao PMDB me fez lembrar aquela história do cara poderoso e liberal que no final de semana se juntava aos subalternos para uma pelada e quando levava um gol tomava a bola e ia embora dizendo: 'A bola é minha, o campo é meu, acabou o jogo!'.
Resta ao PMDB pagar pra ver."
Jussara S.P. Machado Silva (São Paulo, SP)
*
"Os 'grandes vitoriosos' na convenção do PMDB foram: Paes 'Mombaça' de Andrade, Jader Barbalho, Orestes Quércia, Newton Cardoso e Ronaldo Cunha Lima.
Vitória da forma 'antiga' de fazer e usar da política.
Se esses senhores são contra a reeleição, bom indicador dão de que ela deve favorecer o país e contrariar seus interesses pessoais e eleitoreiros."
Márcio Cruz (São Paulo, SP)
*
"Quem se beneficiará com o impedimento de FHC candidatar-se à reeleição?
Elementar meu caro Maluf, Sarney, Quércia, Itamar e tantos outros que sonham com a Presidência da República: será o Lula ou qualquer outro candidato que o PT indicar.
Quem viver, verá!"
Linneu Arantes Bueno (São Paulo, SP)
Relatórios confidenciais
"Li o artigo 'A mãe e a Marinha' (7/1). Dele, o que melhor impressiona é a ânsia em reafirmar, aos leitores, o fato auspicioso de que nós, brasileiros, sentimos, mas tardamos em reconhecer que este país está, realmente, mudando -e para melhor.
Mas precisa mudar mais, inclusive quanto a práticas preconceituosas, como aquela na qual se baseou o articulista para aconselhar cobranças à Marinha. Qual a evidência que autoriza tachar como leviandade atitudes sérias adotadas pela Marinha?
Por acaso alguém com real conhecimento sobre assuntos de alta tecnologia opinou sobre os fatos, após ter buscado os dados efetivos, aqui disponíveis e facilmente acessíveis?
Não. Bastou a atitude descompromissada, inclusive quanto a princípios éticos, de uma série de reportagens sensacionalistas -às quais este jornal, sabiamente, não fez eco-, para que fosse dado cunho de verdade a um dos lados e de falsidade ao outro!
Cabe, sem dúvida, a pergunta: por que a Marinha classifica como confidenciais relatórios rotineiros? Para que não sejam tratados de forma sensacionalista e irracional -como o foram-, causando danos morais graves à população, que tem o direito de ser honesta e corretamente informada e não simplesmente alarmada, com base em depoimentos fantásticos de ex-funcionários em litígio trabalhista contra a instituição e em leituras transversas de documentos resultantes do próprio tratamento sério e profissional com que a situação é conduzida.
Caso restem dúvidas, a Marinha está pronta a prestar todo e qualquer esclarecimento, ressalvados segredos tecnológicos, que são bens do povo brasileiro e nos cabe guardar.
Parodiando o fecho do artigo, o que a sociedade precisa cobrar de comentaristas superficiais é a responsabilidade de primeiro informar-se para depois pronunciar-se."
Wellington Liberatti, capitão-de-mar-e-guerra e diretor do Serviço de Relações Públicas da Marinha (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Rui Nogueira - A carta mostra que o cachimbo dos velhos tempos deixou a Marinha de boca torta. O "real conhecimento dos assuntos tecnológicos" não foi suficiente para explicar por que funcionários foram contaminados, ainda que em doses pequenas. Não há "alta tecnologia" que não possa ser reduzida ao "real conhecimento" da população. "Ex-funcionários em litígio" não pode ser sinônimo de testemunhas suspeitas.

Decepção
"Estamos totalmente decepcionados com a Folha, que apesar de seus vários editoriais ou reportagens lacrimejantes não passou disso para contribuir na erradicação da fome e no combate à miséria neste Natal.
Cadê o plano de ação da Folha, que tanto ajudou a alavancar a campanha da fome em 1994?
Ou será que a fome de nosso povo só dura um ano ou talvez precisaremos convidar o Betinho para vir nos dar aulas de solidariedade?
Enquanto isso, os miseráveis comerão as belas palavras dos editoriais ou as reportagens sensacionalistas deste jornal."
Gilson Nunes Vitorio e Janilson das Neves Pinheiro, do Comitê Negro de Ação da Cidadania Contra a Fome da Zona Leste (São Paulo, SP)

Endereço errado
"Gostaria de fazer um pequeno reparo sobre a nota publicada em 14/1 a respeito da morte do jornalista e crítico Paulo Cotrim.
O lendário João Sebastião Bar, criado pelo Cotrim, ficava na rua Major Sertório, no bairro de Santa Cecília, e não na rua Major Diogo (Bela Vista).
O ato falho talvez tenha sido provocado pela existência de outro bar também famoso na crônica jornalística/artística/boêmia de São Paulo, que marcou época em decênio anterior ao João Sebastião -o Nick Bar, que ficava na rua Major Diogo, ao lado do Teatro Brasileiro de Comédia."
Enio Basilio Rodrigues (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia seção "Erramos" abaixo.

Boas festas
A Folha agradece e retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Ana Mae Barbosa, presidente da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (São Paulo, SP); Mozart Neves Ramos, reitor da Universidade Federal de Pernambuco (Recife, PE); Estevam Tavares Advogados Associados (São Paulo, SP); Padovano e Associados Arquitetura S/C Ltda. (São Paulo, SP); Diretório Acadêmico XIII de Agosto -Ciências Econômicas, da FMU (São Paulo, SP).

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