São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997
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Comissão aprova reeleição e governo atrasa calendário

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pressionado pelo PMDB, o governo recuou e suspendeu o cronograma de votação da emenda da reeleição. Os governistas esperam definir o novo calendário nas próximas 48 horas. Ontem, a comissão especial aprovou por 19 a 11 a emenda da reeleição. Mas a votação em primeiro turno no plenário da Câmara, prevista para o dia 22 de janeiro, está descartada.
Uma das propostas em estudo pelos aliados de Fernando Henrique Cardoso é fazer uma "votação a prestação". O primeiro turno seria no dia 28 de janeiro. O segundo, como deseja o PMDB, somente depois de eleitos os novos presidentes da Câmara e do Senado. Os peemedebistas decidiram ontem só retomar as negociações com o governo se o presidente FHC assumir publicamente o compromisso de não interferir na sucessão do Senado. Os senadores do PMDB acusam ministros do governo tucano de trabalhar a favor da candidatura do pefelista Antonio Carlos Magalhães (BA). Apesar de a crise do PMDB ter surgido no Senado, levantamento da Folha mostra que 53 senadores são favoráveis à reeleição, 4 a mais do que o mínimo necessário para aprovar a emenda.
Ontem, o governo informava que a tese de um plebiscito estava descartada temporariamente. No Congresso, porém, parlamentares de vários partidos lançaram um movimento em defesa da consulta popular à reeleição. Até o início da noite, 26 parlamentares haviam aderido a um abaixo assinado encabeçado pelo presidente de honra do PSDB, deputado Franco Montoro (SP). Vários senadores do PMDB apoiaram a proposta, junto com parlamentares de partidos da oposição.

LEIA MAIS sobre reeleição às págs. 1-5 a 1-8

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