São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997
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Clinton anuncia sanções à Argentina

DE BUENOS AIRES; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos EUA, Bill Clinton, avisou por carta ao presidente da Argentina, Carlos Menem, sobre a aplicação iminente de sanções comerciais em represália à lei de patentes farmacêuticas do país.
Na carta, Clinton afirma que a Argentina "está longe de oferecer uma proteção efetiva aos investidores". O teor da carta foi divulgado ontem pelo governo argentino.
O presidente dos EUA reconhece os esforços de Menem e atribui ao Congresso argentino a responsabilidade por não aprovar uma legislação sólida para o setor.
Diálogo sindical
A CGT (Confederação Geral do Trabalho) vai retomar o diálogo com o governo argentino sobre as mudanças nas leis trabalhistas.
O anúncio foi feito ontem pelo secretário-geral da maior central sindical do país, Rodolfo Daer.
"Não negociamos os direitos adquiridos. E não vamos permitir que os futuros empregos se transformem em trabalho precário", afirmou o secretário-geral.
O governo convidou os sindicalistas para uma nova conversação depois de ver barrados na Justiça, anteontem, os três decretos que descentralizavam as negociações salariais e passavam à livre concorrência o sistema de saúde dos trabalhadores.
Esses decretos seriam os primeiros passos para a flexibilização das leis do trabalho.
O governo argumenta que as medidas reduziriam o índice de desemprego, hoje em 17,3% da População Economicamente Ativa.

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