São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997 |
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"Omstrab" tenta repetir em SP sucesso da Bienal de Lyon Fernando Lee discute relações de trabalho em sua coreografia ANA FRANCISCA PONZIO
A Bienal teve o Brasil como tema e se realizou em setembro passado na França. Produto de uma pesquisa que o coreógrafo vem realizando, "Omstrab" teve como proposta inicial explorar a movimentação e os sons produzidos em ambientes de trabalho. Sem trilha sonora pré-gravada, o espetáculo usa apenas os recursos vocais e percussivos do elenco. Coreograficamente, os bailarinos-atores procuram realizar uma síntese entre o gestual cotidiano do homem urbano, danças populares e ritmos como rap e funk. Lavoura Procurando se livrar de folclorismos, os rapazes de "Omstrab" promovem um caos hilariante no palco. Seus personagens representam trabalhadores de regiões secas que abandonaram suas lavouras e foram obrigados a migrar para a cidade grande. A partir desta situação inicial, expressam seus amores e inseguranças, numa sociedade que impõe estereótipos masculinos de comportamento. "Um grupo marchando, correndo, respirando junto, cantando junto, onde ora vozes e movimentos se sobressaem, ora solos, ora conflitos, talvez uma luta. 'Omstrab' é um exercício em forma de movimento e uma dança em forma de exercício", explica o coreógrafo. Ex-bailarino de grupos como o Ballet Stagium e o Balé da Cidade de São Paulo, Lee também participou de produções teatrais. De 1988 a 1989, morou na Holanda, onde criou o solo "Café". Espetáculo: Omstrab, de Fernando Lee Quando: de hoje a 2 de fevereiro, às 21h Onde: teatro Sérgio Cardoso (rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, zona central; tel. 011/288-0136) Preço: R$ 15 Texto Anterior: Gabriel Borba deixa isolamento para mostrar seu 'cinza iogue' Próximo Texto: Romântico ao extremo, Fábio Jr. quer só pegar na mãozinha Índice |
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