São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997
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Dança explora amor e morte

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em seu universo coreográfico, Maurice Béjart costuma explorar temas fundamentais do destino humano, como amor e morte, nascimento, identidade e reencarnação.
Para construir seus espetáculos, Béjart se vale de mitos ocidentais -como "Don Juan" e "Fausto"-, assim como da poesia sacra do Oriente. Por promover esse diálogo entre civilizações, suas obras já foram identificadas como um "ecumenismo intelectual".
Hoje um clássico entre os modernos, Béjart formou elencos arrebatadores, que apesar da coesão do grupo sempre revelaram talentos individuais.
"O bailarino é mais importante do que a coreografia. É o bailarino que dá vida à obra. Eu, sem bailarino, não faço outra coisa senão divagar", diz Béjart.
Vivendo em Lausanne desde 1987, quando deixou a Bélgica, Béjart continua provocando sentimentos de culpa na França, que amarga a fama de nunca ter acolhido realmente um de seus maiores artistas.
"Jamais me senti francês, sou um cidadão internacional", costuma rebater Béjart.
Na temporada que a partir de amanhã comemora os 70 anos do coreógrafo, o Béjart Ballet Lausanne interpreta seu novo espetáculo até dia 26 de janeiro.
Em seguida, até 5 de fevereiro, o grupo apresentará "Messe pour le Temps Présent", criada por Béjart em 1967.
(AFP)

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