São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
A chave da reeleição
CLÓVIS ROSSI
2 - mas ele próprio acrescenta: "A aprovação em comissão não garante absolutamente nada no plenário". 3 - o que pode garantir a reeleição em plenário? Uma ampla negociação com o PMDB, diz-se de um lado e de outro da rixa, ou seja, entre peemedebistas e lideranças governistas. 4 - que tipo de negociação? Responde Jader Barbalho (PA), líder do PMDB no Senado: "A reeleição reforça naturalmente o PSDB e o PFL. E nós (o PMDB)? O que nos restará de espaço de poder?". 5 - entenda-se por espaço de poder a presidência das duas Casas do Congresso (Câmara e Senado). Portanto, ao menos em tese, não se trata da negociação convencional à base do "é dando que se recebe". Um ministério a mais ou a menos, uma verba orçamentária maior ou menor em princípio não resolve o problema de "espaço de poder" do PMDB. 6 - o nó parece insuperável, porque o "espaço de poder" requerido pelo partido só pode ser dado parcialmente pelo governo. A parcela oferecida é a presidência da Câmara, para o peemedebista Michel Temer (SP). No Senado, se o governo apoiar Iris Resende (GO), candidato peemedebista à presidência, perde o PFL, ainda mais que o candidato deste partido chama-se Antonio Carlos Magalhães (BA), do qual o presidente "tem medo pânico", na frase de um íntimo de FHC ouvida pela Folha. Seria trocar seis por meia dúzia, porque PMDB e PFL mais ou menos se equivalem em número de senadores. 7 - a questão, portanto, é esta: o que o PMDB aceita em troca de não ficar com a presidência do Senado? Não sei a resposta, mas é a chave da reeleição. Texto Anterior: AOS POUCOS, A PAZ Próximo Texto: A votação a prestação Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |