São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997 |
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Festa leva 1,2 mi à igreja do Bonfim
LUIZ FRANCISCO
Até a entrega das chaves da cidade ao Rei Momo, no início do Carnaval oficial, em 5 de fevereiro, está prevista para Salvador a realização de pelo menos mais dez festas carnavalescas. O cortejo começou às 10h, em frente à igreja da Conceição da Praia (cidade baixa). Até chegar ao Bonfim, os fiéis caminharam cerca de 8 km, sob uma temperatura de 30°C à sombra. A "baiana" Maria Antonia de Jesus, 76, disse que participa da festa há 60 anos. "Todos os anos venho agradecer os meus pedidos que são atendidos e rezar pela paz entre os povos." Por volta das 12h30, os fiéis chegaram à igreja e começaram a lavar as altas escadarias com água de cheiro. Só duas horas depois da saída do cortejo das "baianas" é que os organizadores da festa autorizaram o desfile dos blocos e trios elétricos. Os sócios das entidades pagaram entre R$ 25 e R$ 30 para participar dos desfiles. O comércio não funcionou ontem em Salvador. A maioria dos funcionários das repartições públicas também foi liberada para participar da festa. A prefeitura interditou diversas ruas para facilitar o acesso à cidade baixa. A devoção ao Senhor do Bonfim começou em 1669, na cidade portuguesa de Setúbal, e chegou ao Brasil com o capitão-de-mar-e-guerra Teodósio Rodrigues de Farias (1745). Ele trouxe para a Bahia a imagem do Senhor do Bonfim crucificado. Com a inauguração da igreja, em 1754, os fiéis começaram a fazer orações, pedidos e agradecimentos ao Senhor do Bonfim. O governador Paulo Souto (PFL), 51, o prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PFL), 48, deputados e secretários de governo participaram da festa. Texto Anterior: SP ganha os primeiros orelhões de areia Próximo Texto: Edital de duplicação da Fernão é lançado Índice |
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