São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997 |
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Salário dos jogadores diminui em 96 FÁBIO VICTOR FÁBIO VICTOR; MARCELO DAMATO
MARCELO DAMATO Os jogadores brasileiros sofreram processo de proletarização em 1996, em comparação ao ano anterior. O grupo mais atingido foi a "classe média" dos futebolistas. Isso é o que indicam números levantados pelo Departamento de Registros da CBF e que estão num relatório distribuído ontem aos presidentes das federações estaduais na sua assembléia geral. Em 1995, em 15,9% dos contratos registrados na CBF, os jogadores recebiam entre 2 e 5 salários-mínimos (1 SM = R$ 112,00). Nos contratos registrados em 96, esse percentual caiu para 12%. A redução é de 25%. O enxugamento da "classe alta", que ganha mais de dez salários-mínimos, foi menor. A queda foi de 6,2% (de 6,4% para 6% do total). Os contratos registrados na CBF são os resultantes de transferências interestaduais e de contratações internacionais. Os anos, nessa estatística, não coincidem com o calendário: vão de novembro a outubro. Assim, os dados 1996 contabilizam os 12 meses desde novembro de 1995. Segundo o presidente da Federação Baiana, Virgílio Costa, "é uma questão de mercado. Os jogadores que estão no topo do mercado estão ganhando muito mais." Os outros, segundo ele, sofrem com isso. Transferências O relatório da CBF sobre transferências internacionais indica que os clubes brasileiros continuam exportando mais jogadores do que comprando. Chegaram ao país 177 jogadores, e saíram 381. O Brasil tem saldo positivo nessa "balança comercial" em todos os continentes, mas comprou mais jogadores do que vendeu nos quatro principais centros do futebol na América Latina (veja quadro ao lado). Próximo Texto: Rio-São Paulo duela com filmes eróticos Índice |
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