São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997
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Intermediário diz que clubes concordaram com 'migalhas'

DA REPORTAGEM LOCAL

A agência de marketing esportivo Sportsmedia informou ontem que a divisão da receita de R$ 3 milhões (estimativa para esta temporada) da Superliga foi previamente definida, com aval da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e dos representantes das equipes.
O técnico do Olympikus, Bebeto de Freitas, critica a CBV por permitir que 40% do valor de venda das propriedades da Superliga (cotas de TVs, espaço publicitário) seja repassado à Sportsmedia, em detrimento aos clubes -que estariam recebendo "migalhas".
Sem comentar percentuais, um dos sócios da empresa, Carlos Roberto Osório, disse que está sendo cumprido o combinado em reunião da Comissão de TV e Marketing da Superliga -formada por pessoas ligadas às equipes.
A Sportsmedia ainda negou que tenha proibido a participação de Bebeto na comissão -como afirmara o técnico.
"Tanto não é verdade que o Bebeto, apesar de não ter os requisitos para a função, foi aprovado pela comissão", afirmou Osório.
Ele disse que há regras, formalizadas entre Sportsmedia, CBV e clubes/patrocinadores para a participação na comissão.
Uma delas é que a pessoa indicada pela equipe seja especialista na área de marketing -caso em que Bebeto não se enquadrava.
O treinador, que comandará a seleção italiana após o fim da Superliga, acusou também a CBV de enriquecer à custa dos clubes e de não se interessar em tornar os clubes mais profissionais.
A Folha não conseguiu localizar o presidente da CBV, Ary Graça Filho. Ele não estava na confederação nem em seu escritório ontem.

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