São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Público de júri faz 'piquenique'

MAURO TAGLIAFERRI
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Muita sujeira e calor forte tornaram o último dia de julgamento quase insuportável.
O próprio advogado de defesa, Paulo Ramalho, disse durante sua explanação que "estava suando tão desesperadamente", que tinha medo de "perder o caso só de se aproximar dos jurados".
Para enfrentar a maratona dos debates, cerca de 300 pessoas (100 convidados e 200 espectadores comuns) levaram comida e bebida.
Como resultado, o chão do salão acabou repleto de latas de refrigerante, garrafas d'água e papel.
A administradora de empresas Vera Alves, coordenadora do Movimento Pela Vida, levou biscoitos, água, pistache e uma toalha.
"A gente sempre assiste a julgamentos e sabe que vai passar horas no plenário", disse. Com ela, estava a professora Teresa Moreira, que levou desodorante e papel higiênico. Queria se "proteger" dos banheiros do edifício.
"O estado do banheiro é um horror. Tem baratas andando pelo chão. A gente fica com medo de vir uma barata. É uma vergonha", afirmou a médica Solange Figueiredo, que levou um pacote de biscoitos de fibra e água.
O público do julgamento tinha de usar um banheiro no andar térreo. O local apresentava sujeira, mau cheiro e vazamentos.
Faltou lugar para todos. Antes de o debate começar, o juiz determinou a desocupação da última fileira de cadeiras para que familiares de Pádua se acomodassem.

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