São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Blocos ainda têm abadás para vender

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A duas semanas do início oficial do Carnaval em Salvador (BA), a maioria dos blocos está fazendo promoções para vender os abadás (fantasia que identifica o folião).
Em relação a 96, os preços dos abadás foram reajustados em média em 25%, mais do que o dobro da inflação registrada no período.
"É um absurdo um bloco cobrar R$ 500 pela fantasia", disse a estudante paulista Natália Lima Albuquerque, 23, que passa férias na capital baiana.
O Camaleão é o bloco que está cobrando mais caro pelo abadá: R$ 640.
Segundo funcionários do Camaleão, no ano passado a fantasia foi comercializada por R$ 500.
Para estimular as vendas, o preço cobrado pelo bloco garante ao folião brincar o Carnaval na quinta e na sexta-feira no Nana Pipoca, um alternativo do Camaleão que também será puxado pela banda Chiclete com Banana.
Os interessados também podem parcelar o pagamento em até 12 vezes no cartão de crédito.
O Interasa está cobrando R$ 500 pelo abadá, 25% a mais do que no ano passado. No início desta semana a diretoria do bloco resolveu aceitar o parcelamento do valor em até duas vezes.
Primeiro bloco a desfilar no Carnaval baiano, o Interasa será animado pela banda Asa de Águia.
O Pinel também está dividindo o preço do seu abadá (R$ 450) em até 12 vezes, no cartão de crédito. Até mesmo o Crocodilo, que tem como destaque a cantora Daniela Mercury, ainda não conseguiu comercializar todos os seus abadás. Entre os blocos que desfilam na capital baiana, o Crocodilo registrou um dos menores aumentos -12,5%. Atualmente, a mortalha do Crocodilo está à venda por R$ 360, mas o associado também pode parcelar em 12 vezes no cartão.

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