São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997 |
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Região de Ribeirão também traz opções
FLÁVIA NOGUEIRA
Sertãozinho investe na criatividade e descontração das repúblicas para manter o fôlego da festa popular. As chamadas repúblicas reúnem grupos de turistas que alugam casas e chácaras para passar o Carnaval na cidade. Cada uma organiza sua própria festa. Batatais, por sua vez, aposta no luxo de suas tradicionais escolas de samba para atrair turistas de outras regiões do Estado. Segundo o presidente da Liga das Repúblicas de Sertãozinho, André Luis Ferreira, 23, apenas nas repúblicas, Sertãozinho deve receber cerca de 1.200 pessoas. "São 80 repúblicas cadastradas, cada uma com capacidade para 15 pessoas. Com o pessoal que vem só para ir às festas, o público deve ultrapassar 3.000 pessoas", disse. As primeiras repúblicas de Sertãozinho surgiram há 20 anos, afirma Ferreira. Segundo ele, não há competição entre as repúblicas, e os membros acabam passando a maior parte do tempo em casa à base de churrasco e cerveja. "Fica todo mundo comendo, bebendo e sambando dentro das casas, nas calçadas. Até tentamos fazer um desfile de repúblicas no ano passado, mas não deu certo", afirmou. Luxo Se em Sertãozinho o forte é a descontração, em Batatais o que atrai o público é o luxo das cinco escolas de samba -Império do Samba, Unidos do Morro, Acadêmicos do Samba, Riachuelo e Castelo. Cada uma delas está prevendo gastar cerca de R$ 60 mil em seus desfiles, ou um total de R$ 300 mil. Segundo Roberto Marcos Dal Picolo, presidente da Uesb (União das Escolas de Samba Batataense ), a prefeitura destinou cerca de R$ 25 mil de verba para cada uma. "Sabemos que o que atrai as pessoas para cá é o luxo, então resolvemos investir", disse. A cidade está esperando, apenas para assistir aos desfiles, um público de cerca de 20 mil pessoas. Cada escola de samba conta com cerca de 600 integrantes. Retorno O gráfico Carlos César de Jesus, 30, vai retornar ao Carnaval de Batatais depois de quatro anos de afastamento. "Eu sou de lá, mas não pude ir aos últimos carnavais. Agora vou voltar para ver o desfile e torcer pela Acadêmicos", afirmou. Segundo Jesus, o Carnaval de salão não é tão animado. "Não gosto muito do Carnaval de salão, é muito chato ficar dentro de um lugar fechado, prefiro a rua. E Carnaval de rua na região, só o de Batatais", afirmou. Além dos desfiles, Jesus vai acompanhar os blocos e participar da festa de rua. "Vou começar a pular na sexta-feira e só vou parar na madrugada de quarta-feira", disse. "É preciso fazer alguma dessas 'loucuras' pelo menos uma vez por ano." Texto Anterior: Baixada tem show de Daniela Mercury Próximo Texto: Hotéis do Rio têm pouca vaga Índice |
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