São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997
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PROCURAM-SE VAGAS

A taxa de desemprego na Grande São Paulo caiu do lamentável recorde de 16,2% em junho último para 14,2% em dezembro, segundo a Seade-Dieese. A recuperação do emprego no segundo semestre de cada ano é, porém, um fenômeno sazonal. Uma indicação mais segura quanto à melhora no mercado de trabalho seria, por exemplo, a manutenção de taxas menores nos próximos meses.
À exceção de 95, que começou ainda na euforia de crescimento pós-real, em todos os demais períodos o desemprego aumentou nos primeiros quatro ou cinco meses do ano e caiu lentamente de junho ou julho em diante (vide gráfico acima).
A melhora de dois pontos percentuais ocorrida entre junho de 96 e o fim do ano nem mesmo foi mais intensa que a de anos anteriores. Entre abril e dezembro de 93, o desemprego caiu 2,8 pontos percentuais; queda da mesma magnitude ocorreu entre maio e dezembro de 94.
Este ano começa com uma herança negativa, pois a taxa de dezembro último, de 14,2%, é a maior registrada nesse mesmo mês desde 92. A média anual de 96, que ficou em 15,1%, também é a mais alta desde 92.
A perspectiva para 97 é portanto bastante desafiadora. Mesmo um crescimento econômico como o atual, de 3% ou até 4% ao ano, não parece suficiente para rebaixar o novo patamar de desemprego registrado em 96. E uma eventual freada na economia, visando contrabalançar a valorização cambial, deixaria a situação ainda mais difícil.

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