São Paulo, terça-feira, 28 de janeiro de 1997
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Fábricas não atendem à demanda

Empresas faturam mais

LUCIANA SCHNEIDER
DA REPORTAGEM LOCAL

As fábricas de lingerie Duloren não vão conseguir atender a todos os pedidos feitos ainda neste mês, para ropor os estoques de dezembro. A informação é do gerente de merchandising da Duloren, Armando Madeira.
Segundo o gerente, a previsão era de cerca de 828 mil peças e a demanda foi acima desse valor, em torno de 15%.
"Faturamos em 1996 13% a mais do que no ano retrasado -muito acima do previsto. Mas vamos tentar atender a todos os pedidos o máximo que pudermos. Até o Carnaval, todo o faturamento já estará liberado", explica Madeira.
Já a fábrica de lingerie Valisèsre não enfrentará muitos problemas. Segundo seus dirigentes, a empresa se preparou, neste ano, para uma grande reposição.
"Já tivemos uma forte reposição no ano passado. O que pode acontecer é um atraso de cinco a seis dias, devido ao acúmulo de pedidos. mas isso é normal. Está tudo sob controle", diz Oswaldo de Oliveira, diretor geral do Operações da Valisère.
O crescimento das vendas no ano passado de produtos da Valisère foi de 12% em relação ao ano anterior.
Já a Val France, do mesmo grupo e com artigos mais populares, cresceu, de acordo com Oliveira, cerca de 50%.
Atraso nas lojas
Segudo a coordenadora de compras da Mesbla, Elza Cardoso, a loja não teve problemas quanto à reposição.
"Eu soube que a Duloren pode atrasar. Mas, por enquanto, está tudo direitinho, dentro do prazo. Mesmo porque nós pedimos sempre com 20 dias de antecedência", afirma Elza.
Outras grandes lojas que vendem artigos de lingerie, como Lojas Marisa, C&A e Mappin, foram procuradas pela Folha, mas não esclarecer sobre o caso.
Importação
Atualmente, a Duloren está importando rendas. Armando Madeira, do departamento de merchandising, diz que essas importações são equivalentes a 40% do total.
"Nós estamos sempre procurando lançamentos. Como a nossa necessidade é maior do que as nossas máquinas produzem, precisamos importar de vários países europeus e dos Estados Unidos."
Além de renda, a Duloren também importa todo o seu maquinário, a maior parte da Alemanha. Para este ano, está previsto um investimento de US$ 8 milhões só em máquinas.
A fábrica Valisère importa tanto o maquinário como bordados. Conforme Oswaldo de Oliveira, da área de operações, 100% do bordado da Valisère é da Argentina. "Compensa muito, por causa do preço e da qualidade excelentes", afirma.
A Valisère também prevê investimento em máquinas neste ano. Serão cerca de US$ 2 milhões em máquinas de costura japonesas, US$ 800 mil em tecelagem de elástico da Suíça e US$ 600 mil em máquinas francesas de corte automático de rendas.

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