São Paulo, terça-feira, 28 de janeiro de 1997
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Ieltsin cancela visita a Haia e aumenta especulações

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Rússia, Boris Ieltsin, cancelou parte de sua agenda e aprofundou as preocupações sobre seu estado de saúde. Assessores de Ieltsin, que esteve internado com pneumonia dupla, anunciaram ontem que, seguindo ordens médicas, ele não vai fazer uma viagem a Haia (Holanda), prevista para a próxima semana.
Seus porta-vozes anunciaram que ele deve manter um ritmo de trabalho "leve" durante toda esta semana.
Além disso, Ieltsin não é visto em público desde o dia 6 de janeiro. Outro fator que causou apreensão foi o adiamento de uma reunião da Comunidade de Estados Independentes. A cúpula dos países (todos eles antigos membros da União Soviética) devia acontecer amanhã. Ficou para março.
O Kremlin justificou o cancelamento da viagem à Holanda com uma proibição médica para que Ieltsin faça viagens aéreas. A visita a Haia seria, na verdade, uma reunião Rússia-União Européia, porque a Holanda detém a presidência rotativa da organização.
Agora, o premiê holandês, Wim Kok, deve se deslocar a Moscou para a visita. Desde abril de 1996 Ieltsin não sai da Rússia.
Porta-vozes anunciaram que Ieltsin, que completa 66 anos no sábado, manteve a reunião com o presidente da França, Jacques Chirac, para o próximo domingo.
Todos esses incidentes fizeram com que o porta-voz de Ieltsin, Serguei Iastrjembski, fosse a público tentar tranquilizar os russos.
Disse que não houve nenhuma complicação na recuperação e que "as inquietudes sobre o estado de saúde dele são infundadas". Iastrjembski disse que ontem Ieltsin continuou examinando questões "internas e externas".

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