São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997 |
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Dante pode se filiar ao PSDB
EMANUEL NERI
Já é o terceiro partido da Câmara -superou o PPB, que ficou com 86 deputados, atrás de PMDB e PFL. FHC tem aconselhado cautela, por temer um "inchaço" que desfigure o partido. O patrono do crescimento ilimitado do PSDB é o ministro Sérgio Motta, das Comunicações. Se dependesse do ministro, seu partido chegaria a 150 deputados, superando o PFL e tornando-se a principal legenda do país. Além de FHC, o líder do PSDB, José Aníbal, também diz ser adepto da cautela. "Nosso crescimento será natural. E vai ocorrer em 98, com a eleição", diz. Mas ele mesmo anuncia para os próximos dias a adesão de novos deputados. Um dos futuros tucanos, Emerson Olavo Pires, de Rondônia, trocou o PSDB pelo PMDB e agora deve voltar ao partido. Segundo Aníbal, também há adesões previstas do PL e do PDT. O PSDB está mudando o seu perfil ideológico. Assinaram ontem a ficha de filiação do partido os ex-malufistas Basílio Villani e Renato Johnsson e Odílio Balbinotti, ex-PTB. A possibilidade de mais quatro anos para FHC desencadeou uma corrida em direção ao PSDB. O deputado Luiz Máximo (PSDB-SP) chama isso de "fenômeno FHC". "Ocorre em todas as frentes, mas no interior é uma loucura." O governador Dante de Oliveira namora o PSDB há algum tempo. Mas as chances cresceram com a possibilidade de sua expulsão do PDT. O prefeito de Cuiabá, Roberto França (PSDB), confirmou ontem os entendimentos com Dante. "Vejo como um caminho natural a vinda dele para o PSDB." O PSDB também deve ser o caminho para os deputados do Mato Grosso Rodrigues Palma (PTB), Wellington Fagundes (PL) e, talvez, Murilo Domingos (PTB). Texto Anterior: PSDB domina Câmara em bloco com PTB Próximo Texto: O racha na base governista Índice |
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