São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
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Juiz liberta acusado de matar 8 em 'racha'

Réu aguarda julgamento em liberdade

DA FOLHA VALE

A Justiça autorizou a libertação do estudante Alexandre de Azevedo Andrade, 21, acusado de matar 8 pessoas e atropelar outras 13 durante um "racha" de automóvel em Jacareí (68 km a leste de SP).
Ele estava preso desde julho do ano passado em Salesópolis, quando foi preso depois de ficar foragido por mais de 18 meses.
O advogado Ariovaldo Alves conseguiu a liberdade com base no argumento que teria cessado o "clamor público" do crime.
Ele é réu primário e vai aguardar o julgamento em liberdade.
Andrade não foi encontrado ontem para comentar sua libertação.
Antes de ser preso, Andrade morava em Vitória (ES).
Para localizar o estudante, a Polícia Civil "rastreou" os telefonemas trocados entre Andrade e seus pais.
A polícia seguiu os pais de Andrade, Sérgio e Iara Andrade, quando faziam uma visita ao filho.
Sérgio iria presentear o filho com um Omega zero quilômetro.
O acidente
O acidente aconteceu na madrugada do dia 15 de janeiro de 1995. Outro acusado pelo crime, Francisco das Chagas dos Santos, 31, continua foragido.
Os dois acusados disputavam corrida no centro de Jacareí.
Andrade dirigia um Kadett. Segundo depoimento de testemunhas que estavam no local, os dois carros estavam em alta velocidade -mais de 80 quilômetros por hora- desrespeitando o limite estabelecido para o local.
Os dois acusados fugiram logo após o acidente.
Andrade chegou a se apresentar à polícia, mas fugiu depois de saber que havia sido pedida sua prisão temporária.
Atropelamento
Na semana passada, a juíza Maria Leonor Aguena também suspendeu por dois anos o processo criminal movido contra Fabrício Klein, 18, filho do ex-ministro e deputado Odacir Klein, por ter atropelado e morto o ajudante de pedreiro Elias Oliveira, 24.
A juíza suspendeu o processo por considerar que Fabrício não cometeu omissão de socorro à vítima porque Oliveira teve morte instantânea.
Fabrício está impedido de se ausentar de Brasília por mais de 30 dias e deverá comparecer ao tribunal uma vez por mês.

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