São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
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CNI quer reduzir acidentes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) lançou ontem uma campanha nacional para prevenção de acidentes no trabalho.
Ela vai durar 99 dias e tem um custo estimado em R$ 2 milhões, que será bancado pelas indústrias.
Com o slogan "Prevenção é vida", a campanha vai frisar a necessidade dos cuidados para a segurança no trabalho.
"Queremos mostrar o quanto isso é importante na competição das empresas em uma economia globalizada", disse o presidente da entidade, senador Fernando Bezerra (PMDB-RN).
Além de peças publicitárias, a campanha terá seminários em 25 Estados, distribuição de material gráfico e instrução prática com equipamentos de segurança.
Segundo Fernando Bezerra, é mais barato investir em prevenção, "o que aumenta a qualidade e produtividade do setor", do que arcar com os prejuízos dos acidentes e doenças profissionais.
Em 95, o Brasil gastou R$ 4 bilhões em acidentes de trabalho, segundo dados do Ministério da Previdência Social. O país ocupa a décima posição no ranking mundial de acidentes de trabalho.
Segundo a CNI, 85% desses custos foram bancados pelas empresas. O governo só paga o seguro de acidente de trabalho para os trabalhadores que ficam desligados das empresas por mais de 15 dias.
Assim, os primeiros 15 dias são pagos pela empresa, que também precisa arcar com os custos da contratação do empregado substituto.
A partir de 98, a CNI pretende fazer uma campanha anual sobre segurança no trabalho. A entidade vai coletar dados sobre os acidentes para elaborar um plano de ação específica para cada setor da indústria.
No ano passado, o crescimento da mão-de-obra empregada no Brasil foi de 2,59% enquanto o aumento dos acidentes de trabalho foi de 9,22%.
Os setores que registraram maior quantidade de mortes por acidentes de trabalho foram a indústria de transformação (21,86%), transportes, armazenagem e comunicação (16,56%), comércio, reparação de veículos automotores (14,85%) e, em quarto lugar, a construção (12,92%).

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