São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Furtos em casas têm queda de 71% em 96

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Os furtos em casas diminuíram 71% em 1996 na cidade de São Paulo. Foi o crime que registrou a maior queda no ano passado, em relação a 1995.
Os dados são do Depatri (Departamento de Investigações de Crimes Patrimoniais). A redução -de 3.426 casos para 997- pode ter sido causada pela "migração" dos ladrões que praticavam esse tipo de crime para os assaltos a banco, que cresceram 38%.
"É possível que os ladrões tenham 'migrado' dessa área", afirmou o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva.
Os roubos em residência apresentaram a segunda maior queda de 1996 (64%). Eles foram seguidos pelos furtos (quando o ladrão age sem violência contra pessoas) em apartamentos (-56%). O único aumento ocorreu nos roubos a apartamentos (18,6%).
Roubos em geral
A zona oeste manteve em 1996 o primeiro lugar entre as regiões da cidade com maior número de roubos em geral. Foram 12.234 casos, o que representa um aumento de 26,2% em relação ao ano anterior.
O segundo lugar ficou com o centro da cidade (11.073 casos). O crescimento do número de roubos ficou em 22,4%.
Mas o maior aumento registrado nesse tipo de crime em 1996 ocorreu na zona norte. Os 5.374 casos de 1995 se transformaram em 6.966 crimes no ano passado (acréscimo de 29,5%).
Outro crescimento ocorrido na cidade foi o dos casos de roubos e furtos de carros (19,7%). A zona oeste manteve a liderança nesse tipo de crime. Os ladrões ficaram com 20.462 veículos nessa região.
Em segundo lugar ficou a zona sul (excluída a região de Santo Amaro). Esse tipo de crime está concentrado nos bairros de classe média e alta da cidade -Campo Belo, Vila Mariana, Pinheiros, Perdizes e Itaim Bibi.
Divecar
"A Divecar (Divisão de Investigações sobre Roubo e Furto de Veículos e Cargas) não tem trabalhado como devia", afirmou o secretário.
No final do ano passado, o comando da Divecar foi mudado. O secretário não afastou a possibilidade de outros policiais da divisão serem transferidos.
"Se for o caso, afastaremos o policial se ele não for eficiente", disse. Ele disse que pretende reformular a estrutura da Divecar, mas não divulgou que alterações estão sendo estudadas.

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