São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997 |
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6 são acusados em caso de prostituição
MARCELO GODOY
Eles foram acusados por sete crimes: intermediação de prostituição, favorecimento à prostituição, manutenção de prostíbulo, exploração da prostituição, formação de quadrilha, atentado violento ao pudor e submissão de criança ou adolescente a constrangimento e à situação vexatória. O Ministério Público não quis revelar os nomes dos denunciados. A polícia havia anunciado a prisão de seis pessoas nesse caso. Jane Viana dos Santos, 37, foi acusada de liderar a rede. Ela negou que negociasse meninas e adolescentes e afirmou que enganava os clientes apresentando-lhes mulheres com mais de 18 anos que pareciam ser mais jovens. Os outros acusados são o soldado da PM Itamar Bueno Teixeira de Castro, 42, Maria Israela Ramos, a "Daniela", e Márcio Queiroz. Eles alegaram inocência. Os clientes acusados são o comerciante Carlos Alberto de Oliveira Santiago, 35, e o empresário Serafim de Tomaso, 52, que teria encomendado uma menina virgem de 11 anos. Ambos também negaram os crimes. O Ministério Público pediu ao juízo da 23ª Vara Criminal que os acusados respondam ao processo presos. A promotora Eliana Maluf Sanseverino Castilho pediu também a decretação de sigilo de justiça caso a denúncia seja aceita. O objetivo da promotora é resguardar a imagem das famílias e das crianças "impedindo a divulgação de fatos que, certamente, prejudicariam o bom andamento da instrução criminal". A Delegacia Seccional Sul deverá continuar as investigações sobre o caso. Até agora, dez meninas e adolescentes vítimas da quadrilha já foram identificadas. Todas são moradores da periferia. A polícia estava investigando a rede de prostituição havia quase dois meses quando, no mês passado, resolveu agir e surpreendeu cinco adolescentes no apartamento de Jane, na zona sudoeste. Depois, os policiais localizaram a menina de 11 anos cuja virgindade estaria sendo negociada por R$ 1.500. Texto Anterior: ONG informa Clinton sobre mortos pela PM Próximo Texto: Policial solto do caso Diadema nega crimes na favela Naval Índice |
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