São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997
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Israel liberta mais 20 presos palestinos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, assumiu ontem oficialmente a fracassada tentativa de assassinar um líder do grupo extremista palestino Hamas em Amã, capital da Jordânia, no dia 25 de setembro.
Como parte de um acordo para apaziguar o rei Hussein, da Jordânia, irritado pela ação israelense em seu país, e receber de volta seus dois agentes enviados para a missão em Amã, Israel libertou ontem mais 20 prisioneiros palestinos e anunciou a libertação de outros 40 a 50 nas próximas semanas.
Na semana passada, Israel já havia libertado o fundador e líder espiritual do Hamas, xeque Ahmed Iassim, que cumpria prisão perpétua desde 1989. Ele chegou ontem a Gaza (leia texto ao lado).
O governo israelense disse que os presos libertados não participaram de atos terroristas que causaram vítimas israelenses.
O premiê Netanyahu assumiu a responsabilidade pelo fracasso da operação secreta na Jordânia. Numa entrevista coletiva, ele justificou a ação dizendo que seu país deve "usar todos os meios disponíveis" para combater o terrorismo. "Temos muitos êxitos, mas também problemas e fracassos, como em toda guerra. Temos que lutar contra o terrorismo para garantir a vida dos israelenses", disse o premiê.
Netanyahu anunciou também que será criada uma comissão especial para investigar a fracassada operação em Amã. Segundo a imprensa israelense, ela teve o aval prévio de Netanyahu.
Os dois agentes do Mossad (serviço secreto israelense) chegaram ontem mesmo a Israel. Eles foram presos portando passaportes canadenses, o que provocou um incidente diplomático com o Canadá. O chanceler israelense, David Levy, pediu desculpas ao Canadá e prometeu investigar o uso dos passaportes canadenses.
Negociações
Ontem em Jerusalém, palestinos e israelenses retomaram oficialmente as negociações sobre o processo de paz, interrompidas há seis meses por causa da expansão das colônias israelenses em território palestino e dos atentados terroristas palestinos contra civis israelenses. O enviado americano, Denis Ross, participou do diálogo.

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