São Paulo, quinta-feira, 9 de outubro de 1997 |
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Venda da indústria recua 7% em agosto
SÉRGIO LÍRIO
Levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que as vendas reais caíram 7,04% em relação a julho. O resultado é bem parecido com o que foi divulgado há cerca de duas semanas pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo): queda de 7,9% nas vendas reais. A pesquisa da CNI, divulgada ontem, também apontou recuo no número de horas trabalhadas (-2,33%) e no nível de emprego (-0,39%). Os economistas da confederação consideram que o desempenho ruim pode refletir um desaquecimento do setor de bens de consumo ainda não compensado pelo crescimento da demanda em obras de infra-estrutura. Mesmo assim, a CNI descarta a possibilidade de o país estar entrando em uma fase de recessão. "Não se poderia esperar que a demanda das famílias continuasse apresentando o crescimento explosivo do período pós-Real", analisou o presidente da CNI, Fernando Bezerra. Segundo estimativa da confederação, mesmo com a retração de agosto as vendas reais em 97 devem crescer entre 8% e 9%. A expansão não será suficiente para manter o nível de emprego, que deve cair 3,5%. Diferente A indústria, no entanto, não está falando a mesma língua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Enquanto Fiesp e CNI apontaram queda na produção e nas vendas, o instituto de pesquisa estatal registrou crescimento em agosto. Segundo o IBGE, a produção global da indústria avançou 1,7% em relação a julho. A indústria de bens de produção, estimulada pelos investimentos em infra-estrutura, foi a principal responsável pelo crescimento registrada no mês. A produção desse setor aumentou 5,2% e compensou o recuo de 0,7% na produção de bens de consumo duráveis, como eletroeletrônicos. Os ramos industriais que mais se expandiram entre julho e agosto foram o de fumo (27,3%), o farmacêutico (11,7%), o de material de transporte (10,9%) e o extrativo mineral (9,2%). Com o resultado de agosto, a pesquisa do IBGE aponta um crescimento industrial acumulado de 4,8% em 97. Texto Anterior: Fusões na AL movimentam US$ 47 bi Próximo Texto: Bovespa resiste a novo alerta de Greenspan Índice |
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