São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 1997
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Moradora quer tratar o esgoto

DA REPORTAGEM LOCAL

Maria Alderian Ferreira, moradora da favela e monitora do projeto de educação ambiental, diz que um de seus sonhos é tratar o esgoto que sua família joga no córrego Aricanduva.
Auda, como é conhecida na favela, diz que, após a construção do esgoto, os moradores pretendem fazer uma fossa "para que os detritos não sejam jogados no córrego".
Segundo ela, seria construída uma "caixa" com um ralo estreito, onde só o líquido passaria em direção ao Aricanduva. "Os detritos, material sólido, seriam retidos e depois levados para outro local", afirma a moradora, sem saber explicar direito como isso seria feito.
Nascida em Petrolina (distante 721 km de Recife, em Pernambuco), Auda tem 32 anos e diz ter "saudade das águas limpas do rio São Francisco". "Quem sabe, um dia o Aricanduva também vai deixar de ter essa cor barrenta."
Mãe de dois filhos, Auda, há pouco tempo, fez uma caminhada junto com outros moradores da favela até a nascente do Aricanduva. "Lá não existe sujeira. Teve gente que até bebeu aquela água."

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