São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 1997
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Hotéis de Bordeaux não aceitam Papon

Advogado recorre a jornais e acha casa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ex-chefe de polícia do regime pró-nazista de Vichy Maurice Papon precisou alugar uma casa porque todos os hotéis de Bordeaux (sudoeste da França) se recusam a hospedá-lo durante o período de seu julgamento.
Papon foi mandado embora ontem do La Réserve, onde se hospedava desde que recebeu permissão para ser julgado em liberdade.
O gerente Christophe Lacroix tomou a decisão após manifestantes terem feito protesto na porta do hotel, aos gritos de "assassino".
Papon, 87, é acusado de ter ordenado durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a prisão de 1.560 judeus, incluindo 223 crianças, muitos deles mortos nos campos de concentração nazistas. A cidade de Vichy era a capital do regime pró-nazista francês.
O La Réserve foi o segundo hotel que expulsou Papon. Seu advogado, Jean-Marc Varaut, pediu aos jornalistas para que publicassem um anúncio: "Procura-se casa isolada, com quatro quartos e cozinha pequena". Ontem à noite, Varaut disse ter encontrado um local para Papon no subúrbio de Bordeaux.

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