São Paulo, sábado, 18 de outubro de 1997 |
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Ceará produz carro de corrida 'popular'
FÁBIO SEIXAS
Construído com tubos de aço, carroceria de fibra de vidro, suspensão dianteira de Fusca e motor 1.9 de BMW, o Espron -nome do carro- nasce com a pretensão de formar uma nova geração de pilotos no país. Até agora, 25 unidades já foram fabricadas na oficina de Pedro Virgínio, 47, idealizador do projeto. "Acho que o carro ficou aceitável. Senão, o Piquet não teria aprovado", afirmou Virgínio, referindo-se ao acordo que fechou com o tricampeão da F-1. Desde julho, Piquet está promovendo um campeonato com o Espron no autódromo de Brasília, que arrendou junto ao governo do Distrito Federal. O piloto também foi o responsável pelas negociações para o fornecimento de motores BMW. O preço do Espron -R$ 22 mil- é considerado baixo para um carro de competição no Brasil. "O preço baixo de compra e o custo reduzido de manutenção são algumas das qualidades desse carro", afirmou Piquet. Segundo Virgínio, a cada prova os pilotos gastam aproximadamente R$ 2.000 em manutenção. "É menos do que em outras categorias que existem por aí." Na Fórmula Chevrolet, categoria de base de maior destaque no país atualmente, um carro custa cerca de R$ 40 mil. A cada prova -neste ano são dez-, o custo se aproxima dos R$ 25 mil. Improvisação Para Virgínio, o carro é resultado de um exercício de improvisação. "Fomos pegando o que tínhamos à mão e resolvendo os problemas", afirma. A base de câmbio do Espron, por exemplo, é também a utilizada no Fusca. A relação para troca de marchas faz a diferença. "Os recursos mecânicos para acerto do carro são reduzidos, mas já conseguimos atingir 220 quilômetros por hora na pista de Brasília", disse Piquet. Ex-piloto no Ceará, Virgínio resume o que pensa sobre o carro: "Tem futuro. Dá para se divertir". Texto Anterior: Ronaldinho, em excelente fase, visita 'território de Maradona' Próximo Texto: Piquet quer prova de gala Índice |
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