São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997
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Clamídia atua dentro de artéria

NOELLY RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A relação entre a clamídia e os eventos cardíacos está estabelecida na placa aterosclerótica (camada de gordura e colesterol que gruda nas paredes arteriais e a entope). Os estudos já mostraram que pode existir clamídia nos ateromas (placa). A placa está sempre envolvida na causa do infarto.
A hipótese mais aceitável é que a clamídia incremente o crescimento do ateroma e faça com que as artérias se tornem cada vez mais obstruídas.
Às vezes, a placa pode sofrer uma ruptura, que leva à formação do trombo (nódulo) e à interrupção do fluxo sanguíneo, que significa um infarto do miocárdio.
Não se sabe ainda se a clamídia funcionaria como um fator extra na formação dos ateromas. "É provável que a clamídia presente nos ateromas ajudaria a placa a crescer. Mas não é possível afirmar que a clamídia estava contribuindo para sua formação", diz Bruno Caramelli.
"Já houve a pesquisa do ponto de vista imunológico, com um estudo que percebeu a presença da clamídia no sangue antes de o indivíduo sofrer infarto. Também foram realizados estudos anatômicos, onde foram analisados coração de pessoas mortas por problemas cardíacos e verificou-se a presença da clamídia na placa."
Segundo ele, falta concretizar a parte clínica, já brevemente realizada com o estudo Roxis 1.
"O Roxis 2 deve comprovar com acuidade os resultados do Roxis 1."
(NR)

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