São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997 |
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'O negócio é não inventar', diz Torres
SERGIO TORRES
Ele já conquistou 16 pontos em 21 disputados. Santana e Rocha somaram 13 pontos ganhos. O técnico apresentou à Folha a fórmula vitoriosa: a absoluta falta de esquema tático. (ST) * Folha - Qual a razão do sucesso dos últimos jogos? Carlos Alberto Torres - Não cheguei com fórmulas mirabolantes, esquemas, sistemas. Quando cheguei, analisei jogador por jogador. Concluí que temos um elenco que não deve nada a ninguém. Folha - O que o senhor fez? Torres - Perguntei o que estava acontecendo. Procurei mexer com o ego dos jogadores. Sempre falando que eles são bons, com sinceridade. Dando moral. Eles acreditaram. Folha - Como estava o ambiente quando o senhor chegou? Torres - Peguei o time em penúltimo lugar. O clima era bastante desagradável, negativo. Folha - O senhor esperava uma reação tão rápida? Torres - Confesso que, pela mensagem e a aceitação, esperava a recuperação. Talvez não esperasse que fosse tão rápida, apesar de ter procurado incutir neles que a gente tinha pressa. Faltavam só 11 jogos. Os jogadores pegaram o espírito. Folha - O senhor planejou algum novo esquema? Torres - Olha, o negócio é não inventar esquemas. Treino todos os dias toque de bola e movimentação. O futebol brasileiro é isso. O São Paulo do Telê Santana não tinha um esquema diferente. O time não tem esquema. É isso o que eu quero. Folha - O Vasco preocupa? Torres - Merece todo o respeito, mas não preocupa. Vamos dar atenção ao Edmundo, mas não marcar em cima. Vamos tentar fazer com que eles se preocupem conosco. Texto Anterior: Conflito de estilos dá tom a clássico Vasco e Botafogo Próximo Texto: Covardia e hipocrisia Índice |
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