São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997
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'Bailarina rebelde' lidera ranking juvenil

FERNANDA PAPA
DA REPORTAGEM LOCAL

Filha caçula de uma família de esportistas, a branquela Cara Black, 18, seria uma bailarina se tivesse seguido a vontade do pai, Don Black, 65, ex-jogador profissional de tênis do Zimbábue, na África, onde Cara nasceu e vive.
"Ele dizia que tênis não era coisa para menina e queria que eu seguisse os passos da minha mãe, que fazia balé", conta a garota, que atualmente lidera o ranking mundial de tênis juvenil.
Somente depois que seus irmãos Byron, 28, e Wayne, 23, entraram no circuito da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) -em que ocupam respectivamente as 60ª e 120ª colocações-, o pai de Cara teve tempo para ensiná-la a dar raquetadas.
Ela até chegou a experimentar meia-calça e sapatilhas, mas não conseguiu se adaptar.
"Fui insistente com o tênis. Não queria ser uma menina normal, como estava nos planos dos meus pais", diz a garota, que venceu anteontem a Copa Gerdau/Copesul, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, uma das competições internacionais mais importantes do tênis juvenil no Brasil.
No mesmo dia, Cara seguiu para os EUA, onde joga por três semanas competições profissionais. É a 200ª colocada na WTA (Associação das Mulheres Tenistas).
Neste ano, ela venceu os Aberto dos EUA e Wimbledon juvenis e foi à final do Aberto da França juvenil, em que também foi campeã de duplas, como em Wimbledon.
A tenista é um dos destaques do programa de desenvolvimento do tênis da ITF (Federação Internacional de Tênis), entidade que investiu, desde 1990, boa parte de US$ 30 milhões em juvenis.
Cara, desde os 12 anos, fez parte do time juvenil da África. Na transição para o profissional, também recebe ajuda mensal da ITF.

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