São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997
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Preço do anonimato

Uma reunião de líderes no gabinete de Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) empacou pois nenhum dos presentes se lembrava do nome do ministro da Saúde, Carlos Albuquerque.
Foram salvos por uma diligente secretária. Para tentar diminuir o constrangimento, o líder do PTB, Paulo Heslander (MG), argumentou que o esquecimento era natural. O ministro não era conhecido em Brasília até ser nomeado. E também ele não conhece os personagens da cidade.
Prova disso, contou Heslander, é que ele próprio esbarrara no ministro, durante uma solenidade em Ouro Preto (MG), e a reação de Albuquerque foi a mais inusitada possível:
- O senhor é segurança?
- Sou. O senhor precisa de alguma coisa. Quer que eu vá comprar um cigarrinho?
O ministro recusou. Os líderes quiseram saber o que Heslander faria se a resposta fosse outra.
- Uai, sô, eu pegaria o dinheiro e iria embora!

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