São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Coréia já se considera na Copa-98

Seleção goleia o Uzbequistão

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Coréia do Sul está virtualmente classificada para a Copa da França. A equipe goleou o Uzbequistão anteontem por 5 a 1 e disparou na liderança do Grupo B das eliminatórias asiáticas.
Os sul-coreanos têm 16 pontos, e os Emirados Árabes Unidos, que estão na segunda posição, perderam por 3 a 0 para o Cazaquistão, permanecendo com 7 pontos.
Os árabes ainda vão realizar três partidas, podendo chegar a 16 pontos. Para desbancar os sul-coreanos do primeiro lugar, no entanto, deverão torcer para que os concorrentes percam os dois jogos que têm pela frente e ainda descontar uma grande diferença no saldo de gols (hoje é de 13).
Segundo o regulamento das eliminatórias asiáticas, o campeão de cada um dos grupos da segunda fase passa direto à Copa. Os segundos colocados disputam um jogo-extra, que será na Malásia ou em Bahrein, para definir o terceiro classificado do continente.
O perdedor do jogo-extra ainda poderá ir ao Mundial se vencer o confronto com a Austrália, campeã da Oceania, na repescagem.
A Coréia do Sul deve fazer, portanto, sua quinta participação em Copas, a quarta consecutiva. Desde o começo das eliminatórias asiáticas, os sul-coreanos vinham sendo apontados como favoritos.
O país já está garantido na Copa de 2002, que organizará em conjunto com o Japão. Os japoneses, que jamais disputaram um Mundial, ainda têm boas chances de jogar no Mundial da França. Se vencerem no próximo domingo os Emirados Árabes Unidos, em Tóquio, assumem a vice-liderança do Grupo B e poderão tentar a vaga no jogo-extra ou na repescagem.
O Grupo A é liderado pelo Irã, time que tem na coordenação técnica o brasileiro Badú Vieira. Kuait, Arábia Saudita e China brigam pelo segundo lugar da chave.
América do Sul
A partida decisiva entre Chile e Bolívia pelas eliminatórias sul-americanas, marcada para o dia 16 de novembro, ganhou tons dramáticos com o suicídio, na noite de anteontem, de Ramiro Castillo, capitão do time boliviano.
Castillo, que estava em depressão desde a morte de seu filho em junho, se enforcou em sua casa.
O filho mais velho de Castillo morreu de hepatite.
Uma vitória contra a Bolívia coloca o Chile na Copa de 98. Um sucesso da equipe boliviana, que já não tem mais chances, pode dar a vaga para os peruanos.
Castillo, conhecido pelo apelido de "Chocolatín", jogou no Everton, clube chileno. Ele viveu bom tempo em Viña del Mar, cidade que fica 110 km a oeste de Santiago. Seu segundo filho nasceu no Chile. O jogador atuou também em vários clubes da Argentina.
O presidente boliviano, Hugo Banzer, compareceu ao velório do jogador e anunciou 30 dias de luto oficial.

Com agências internacionais

Texto Anterior: Anteontem
Próximo Texto: Italiano leva euforia e decepção a Milão
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.