São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 1997
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Diminui ritmo de devastação de mata atlântica em Santa Catarina

Estudo é baseado em fotos de satélite feitas pelo Inpe

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

Um estudo comparativo com fotos de satélite feitas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revela que o ritmo de desmatamento de mata atlântica no Estado de Santa Catarina diminuiu.
A redução foi de 25%, se comparados o levantamento de 1985 a 90 e o realizado entre os anos de 1990 e 95.
A pesquisa, realizada pela organização ambiental SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Socioambiental, será apresentada oficialmente hoje.
No primeiro estudo, Santa Catarina havia sido o Estado com o segundo maior índice de desmatamento do país.
A redução de área de mata atlântica, entre 1985 e 1990, foi de 5,36%. Foram desmatados no período 97.700 hectares da mata original da região -o equivalente a 136 mil campos de futebol.
Hoje, o Estado tem 17,5% da mata atlântica original, um dos maiores índices do país. São Paulo tem apenas 7% da mata original.
Segundo os técnicos que participaram do estudo comparativo, a redução no ritmo do desmatamento é explicada pela ação da Procuradoria da República de Santa Catarina, que aplicou com rigor o decreto federal 750, a partir de 1993.
A nova legislação normatizou e restringiu as autorizações para uso de mata atlântica, reduzindo as possibilidades de cortes.
Apesar da redução, os ambientalistas ainda se mostram preocupados com a situação, pois, em números absolutos, o desmatamento continua grande em Santa Catarina -mais de 60 mil hectares cortados e queimados, entre 90 e 95.

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