São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997
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AES pretende gerar energia

CT
DA REPORTAGEM LOCAL

A Companhia Centro-Oeste terá uma função estratégica para a empresa norte-americana AES Corporation, vencedora do leilão de privatização realizado ontem.
Luiz Ildefonso Simões Lopes, vice-presidente do banco Brascan, que representou a AES no leilão, disse à Folha que a empresa está investindo R$ 350 milhões na construção de uma usina termelétrica em Uruguaiana (RS).
Com a compra da Centro-Oeste, a AES poderá reunir a geração e a distribuição de energia. "A termelétrica está dentro da área de concessão da Companhia Centro-Oeste", afirmou Lopes.
Segundo ele, a AES já tem participação de aproximadamente 13% na Light e de 11% na Cemig, a companhia energética de Minas Gerais. A Cemig não foi privatizada, mas o governo vendeu 33% de seu capital no mês de maio.
A termelétrica da AES deverá ficar pronta no próximo ano e usará gás vindo da Argentina. Para isso, a empresa está construindo um gasoduto naquele país.
Lopes acredita que o grande atrativo do mercado brasileiro para empresas energéticas estrangeiras é o potencial de crescimento.
"No Brasil, esse mercado cresce na proporção de 5,6% ao ano. Nos países desenvolvidos, esse percentual é de 1%", afirma.
Em sua opinião, o ponto mais interessante do leilão realizado ontem foi o número de participantes. "Na Escelsa, primeira estatal elétrica a ser privatizada, havia 2 participantes. Ontem, havia 6."
A AES pretendia comprar a Companhia Norte-Nordeste e ofereceu o mesmo valor que deu pela Centro-Oeste: R$ 1,51 bilhão.

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