São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997 |
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Eisner volta com o espírito da HQ
PEDRO CIRNE DE ALBUQUERQUE
Will Eisner, como assina, foi comparado a Orson Welles em pelo menos dois livros brasileiros sobre HQs, "Enciclopédia dos Quadrinhos", de Goida, e "História das Histórias em Quadrinhos", de Álvaro de Moya. As comparações se baseiam na sua arte, pois as tomadas, os cortes, o uso de som e sombras, o modo como ele desenhava as letras dentro e fora dos balões eram inéditos na primeira metade do século. A participação de Eisner na Conferência do Centenário será hoje, às 19h. O tema: "Um Século da História em Quadrinhos". Amanhã ele visitará a Bienal de Quadrinhos. Em entrevista à Folha, antes de vir ao Brasil, o artista disse ter interesse em criar histórias sobre a luta interior do ser humano. Por vezes, essa preocupação com o homem é expressa em suas histórias pelo foco no ambiente em que ele vive. Seu álbum "Um Contrato com Deus", por exemplo, tem o subtítulo "E Outras Histórias de Cortiço". Os habitantes do cortiço lidam com as condições de vida à sua maneira, seja descarregando com sexo, religião ou amor. A autobiografia "No Coração da Tempestade" enfoca principalmente o sofrimento dos judeus que viviam nos EUA nos anos 40 -caso de Eisner- com o racismo. Segundo ele, a "tempestade" das relações daquela época teria resultado na Segunda Guerra Mundial. LEIA a entrevista com Will Eisner à pág. 4-8 Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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