São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 1997
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Hits não esgotam todas as obras-primas da banda

THALES DE MENEZES
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem tiver dinheiro para arrebatar toda a discografia do Led Zeppelin fará uma compra da qual dificilmente se arrependerá. Mesmo em seus momentos mais conturbados, o grupo fazia o melhor rock pesado do planeta.
O Led, como preferem dizer os fãs, era um daqueles grupos que sempre teimava em experimentar novas bossas na hora de gravar. Por isso, com o quarteto não existia aquela história de gravar mais uma ou duas faixas para "preencher o que falta no disco".
É difícil encontrar nos álbuns do grupo faixas desinteressantes. Por isso, a coletânea "Remasters" pode ser bem abrangente, mas deixa de fora algumas obras-primas.
Para ficar apenas nas inquestionáveis, vale lembrar "Living Loving Maid (She's Just a Woman)", do "Led Zeppelin 2", e "Going to California", do quarto álbum.
A primeira é rock and roll básico, quase anos 50, mas com uma pegada incrível de Page na guitarra. A segunda é uma balada que brinca com os hippies, mas, sarcasmo à parte, é a grande música "lenta" da banda.
Mesmo o prolixo álbum duplo "Physical Graffiti" encerra canções que trazem o melhor do Led Zeppelin, como as "viajandonas" "In My Time of Dying" e "The Wanton Song". Já "Presence", o álbum que o Led gravou em sua fase mais conturbada, é um baú de "greatest hits" em potencial, como "For Your Life", "Candy Store" e "Tea for One".
Poucos grupos de rock resistem a uma audição completa, de todas as suas faixas. O Led Zeppelin passa na prova.
(TM)

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