São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997
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Greve ameaça votações no Legislativo

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

Um rombo de R$ 20 milhões na Assembléia Legislativa de Alagoas deve provocar atraso na aprovação das medidas necessárias para que o governo federal volte a repassar dinheiro para o Estado.
Isso porque os 3.150 servidores da Casa decidem hoje, em assembléia, se entram novamente em greve por tempo indeterminado. Eles paralisaram o Legislativo nos meses de agosto e setembro, cobrando o pagamento de cinco meses de salários atrasados.
Para a União voltar a socorrer financeiramente o Estado, é necessária a aprovação de projetos que seriam votados amanhã.
Os principais são o que transfere a dívida de R$ 250 milhões da Ceal (Companhia Energética de Alagoas), que foi federalizada, para o governo de Alagoas, e a nova legislação tributária, que coloca fim aos acordos do então governador Fernando Collor com os usineiros, que ficaram quase nove anos sem pagar impostos estaduais.
Para voltar ao trabalho e permitir a realização de sessões, o governador Manoel Gomes de Barros (PTB) antecipou um repasse constitucional (duodécimo) de R$ 4,5 milhões no início do mês.
O dinheiro serviu para pagar os salários atrasados de setembro de 96. Mas os servidores tiveram cortes de até 60% nos salários. O dinheiro gasto na antecipação seria usado para pagar o 13º salário. Não há verbas para o pagamento dos quatro meses atrasados, o que aumentou a chance de nova greve.

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