São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997
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NY faz Bolsa recuar; TBC fica em 1,58%

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Após dois dias de alta acentuada, a Bolsa de Valores de São Paulo recuou 0,46%, ontem, com os investidores aproveitando para realizar lucros. A queda da Bolsa paulista acompanhou a baixa registrada em Wall Street. Também em Nova York o que se viu foram realizações de lucro em cima da alta da terça.
O mercado local já abriu para baixo e chegou a cair 1,39% na mínima do dia.
No período da tarde, parte das perdas foi revertida. Telebrás PN chegou a cair para R$ 159,30 o lote de mil, mas fechou a R$ 161,00.
Na avaliação de operadores, o mercado brasileiro resistiu bem à queda da Bolsa novaiorquina, com alguns papéis de primeira linha registrando forte alta.
Os papéis da Cesp foram destaque no pregão. As ações ordinárias da estatal paulista de energia subiram 6,77%, enquanto Cesp PN teve valorização de 6,45%.
Segundo operadores, a alta resultou do grande ágio obtido no leilão da CEEE, estatal gaúcha de energia vendida na terça-feira.
O resultado do leilão levou os analistas a revisar suas projeções de preço para os papéis da Cesp.
Hoje o mercado estará de olho no ministro Sérgio Motta, que prometeu, finalmente, falar sobre o modelo de venda da Telebrás.
Câmbio e juros
Os mercados futuros de câmbio e juros continuaram em queda em meio a especulações de que o governo poderia reduzir a Tban e a TBC na reunião de ontem.
No início da noite, veio o anúncio de que o a TBC foi mantida em 1,58% e que apenas a Tban foi reduzida de 1,78% para 1,76%.
Há tempos especulava-se que esse movimento poderia acontecer, sob o argumento de que o "spread" entre as duas taxas era muito grande.
Como a Tban é a taxa cobrada de bancos sem depósitos à vista que precisam recorrer ao redesconto, ela acabava sendo punitiva para esses bancos menores.
A redução apenas da Tban pode ser vista quase como uma manutenção dos juros, com pequeno efeito prático, já que o que vale como parâmetro para o mercado é a TBC.
Ontem, o Banco Central alterou a minibanda de flutuação em 0,15%. Com isso, a desvalorização acumulada no mês chega a 0,45%.

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