São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Artimanhas

CIDA SANTOS

Olympikus e Report/Suzano, os dois grandes favoritos ao título, estrearam com vitória na Superliga. Mas a boa-nova vem do grupo dos derrotados na primeira rodada: é o Telepar/Maringá. Presidido pelo atacante Paulão, que deu um show de bloqueio no sábado, o time aponta para a modernidade.
Em um sistema dirigido com mão-de-ferro pela Confederação Brasileira, é bem-vinda a chegada de uma equipe comandada por um comitê de 14 pessoas, formado por atletas e amigos. Essa turma foi atrás de patrocínio, montou o time e, o melhor de tudo, está inaugurando uma nova forma de administração e poder.
Outra boa idéia nesta Superliga é o Fluminense. O time, com média de 20 anos, está colocando em ação aos jogadores juvenis, condenados a sempre ficar no banco das grandes equipes. O Fluminense, que estreou com derrota por 3 sets a 0 para o SOS, vai servir para dar mais experiência a essa moçada.
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Ficou claro que os times que tiverem vantagem no placar vão fazer cera para levar a decisão do set para o tie-break. A artimanha mais usada foi refugar o primeiro saque. Recurso que irritou e arrancou vaias de quem assistiu ao jogo entre Olympikus e Banespa.
No segundo set, Carlão, depois de refugar o primeiro saque por duas vezes seguidas, acabou levando um cartão amarelo. Os jogadores do Olympikus reclamaram da marcação alegando que a regra permite esse comportamento.
E isso é verdade: existe uma brecha no regulamento, que vai precisar ser rediscutida.
Na verdade, esse está sendo o preço pela decisão da Confederação Brasileira de colocar em prática novas regras sem fazer testes, sem ouvir os técnicos nem os jogadores. Infelizmente, agora não tem outro jeito: as adaptações terão que ser feitas aos poucos, ao longo do principal torneio do país.

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