São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Cidade tem até casario afrancesado

Hanói é a capital do alvoroço

DO "LIBÉRATION"

Perambulando num riquixá com a buzina tilintando nos cruzamentos perigosos, dá, dependendo da hora, para cruzar com grupinhos formados por famílias empoleiradas sobre suas motonetas ou com moças de longos cabelos negros, eretas sobre bicicletas.
Depois do pôr-do-sol, hordas de motociclistas passam em suas motos de baixa cilindrada, levando um carona no bagageiro. A partir das 23h, as avenidas largas ficam desertas. De manhã, as calçadas voltam a ser ocupadas pelo caminhar rápido das mulheres da roça, vergadas pelo peso dos cocos.
Depois de andar no centro agitado dessa cidade de 3 milhões de habitantes, você não pára de se perguntar, em determinadas esquinas, se não está em alguma estação de águas francesa.
"Uma das mais belas cidades do mundo", não param de dizer os norte-americanos, enfeitiçados pelo "encanto colonial francês" da capital do Vietnã.
O entusiasmo também é motivado pela volta do embaixador dos EUA ao país comunista, mais de 20 anos depois da guerra -embaixador que fala vietnamita por ter sido prisioneiro dos vietcongues.

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