São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997 |
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Covas aceita pagar dívidas de Fleury Créditos de empresas serão trocados por títulos XICO SÁ
Os créditos dos construtores serão trocados por títulos da CPA (Companhia Paulista de Administração de Ativos). Os títulos podem ser usados nas privatizações de serviços e empresas do Estado. Segundo apurou a Folha, Mário Covas (PSDB) já reconheceu e aprovou, com a consolidação da dívida, o pagamento de R$ 1,4 bilhão do total de R$ 2,5 milhões. Esse valor tem sido divulgado pelo vice-governador Geraldo Alckmin, um dos principais interlocutores sobre o assunto, nas constantes conversas com empreiteiros. Este mês, a Secretaria da Fazenda publicou no "Diário Oficial" o primeiro lote da consolidação da dívida, no valor de R$ 457,9 milhões Nos próximos dias, vai divulgar outro lote de R$ R$ 540 milhões. Em breve, deve alcançar o R$ 1,4 bilhão. As maiores construtoras devem ter direito a cerca de 60% dos créditos. O grupo reúne CBPO (empresa da Odebrecht), Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Mendes Júnior e Constran. A Camargo Corrêa, também do clube das grandes, ainda não acertou totalmente a sua situação. Discordâncias sobre o pagamento de contratos atrasados dependem de decisões judiciais. Obra questionada Durante a campanha eleitoral e no início do mandato, Covas e os seus assessores questionavam os contratos de obras polêmicas, como a rodovia Carvalho Pinto, cujo orçamento inicial era de R$ 600 milhões e os gastos hoje já alcançam R$ 1,2 bilhão. Para concluir a construção, o governo teve que garantir o pagamento de dívidas com as empreiteiras. A negociação com as empreiteiras favorece o governador de duas maneiras, no caso de uma eventual candidatura à reeleição: terá obras concluídas e pode obter também recursos como doações legais para a campanha. Texto Anterior: PF faz apreensão de R$ 8 milhões em SP Próximo Texto: Perícia contesta valor de terrenos Índice |
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