São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997
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Vaias podem fazer CBV 'ajustar' regra

Entidade estuda fim do segundo saque

DA REPORTAGEM LOCAL

A Confederação Brasileira de Vôlei admite fazer alterações na nova regra que limita o tempo das partidas, usada na Superliga.
A iniciativa está sendo estudada devido aos problemas ocorridos na primeira rodada do torneio.
No duelo entre Olympikus e Banespa (3 a 1), ouve vaia da torcida, por conta da "cera" (retardamento do jogo) feita pelo time do Rio.
Pela regra, ainda em fase de estudo por parte da Federação Internacional, os sets passam a ser disputados com limite de tempo de 25 minutos. Após esse período, se nenhuma equipe atinge 15 pontos, entra em vigor o tie-break.
O expediente mais usado para ganhar tempo, no momento em que se está em vantagem no placar, é o de refutar o primeiro saque (os atletas têm direito a um segundo). Quando começa o tie-break (no qual cada disputa de bola vale ponto), quem lidera o placar tem maiores chances de fechar o set.
"A regra é um sucesso. Pode haver uma ou outra crítica. Vamos fazer uma avaliação. Se acharmos necessário, eliminamos o segundo saque. É só ligar para a Federação Internacional, que está resolvido", disse Ary da Graça Filho, presidente da CBV.
O dirigente afirma que essa medida e uma postura mais "enérgica" dos juízes serão suficientes para eliminar o problema. "Não adianta criticar, a regra é essa."
Subterfúgios
Para os técnicos, a medida, se adotada, será apenas atenuante.
"Eu sou da opinião que o Campeonato deveria ser paralisado. O jogo está nivelado por baixo. Se não é no saque, eu ganho tempo de outra forma", diz Ricardo Navajas, do Report/Suzano.
"Vai amenizar. Não resolve. Só estranho que um regulamento que dizem ter sido tão estudado não previsse esse tipo de coisa", afirma Cacá Bizzochi, do Banespa.
"Quem quiser fazer antijogo vai fazer. Espero que os atletas se conscientizem que não entram em quadra para serem vaiados", diz Jorge Schmidt, do Ulbra/Diadora.

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