São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997 |
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Corinthians abre mão de repatriar meia Marcelinho
LUIZ CESAR PIMENTEL
O clube espanhol estipulou prazo até a tarde de ontem para que o Corinthians confirmasse a proposta pelo jogador. Caso contrário, começaria a ouvir propostas de outros clubes brasileiros, já que daria por encerrada a prioridade corintiana. Segundo representantes do jogador, o vice-presidente de futebol corintiano, José Mansur Farhat, teria ligado para o atleta e desistido da sua reaquisição. Há pouco mais de dois meses, a Parmalat, patrocinadora do Palmeiras, por meio de seu diretor de Esportes, Paulo Russo, demonstrara interesse no atleta. Russo afirmou que fora procurado pelo empresário Juan Figer, que tem vínculos com o Valencia, e que este acenou com a possibilidade de a empresa contratar o atleta, já que este estava insatisfeito. Marcelinho desmentiu a história à época mas, dias atrás, afirmou que não jogaria mais pelo Valencia. O clube espanhol, assim, aceitou negociá-lo pelo mesmo preço que o contratara -US$ 8 milhões. O Corinthians tentou uma composição com o banco Excel Econômico para viabilizar o negócio, mas o patrocinador do clube apenas aceitou abrir uma linha de crédito para que ele fosse contratado. A alegação foi que a volta repentina desvalorizaria seu passe no mercado internacional. Farhat comprometeu-se, mesmo assim, a contratar o atleta. O ponto discordante era quanto aos 15% que Marcelinho exigia receber integralmente pela transferência ao time espanhol -correspondente a US$ 1,2 milhão. O Corinthians, a princípio, recusou-se a pagar. Após conversa entre o dirigente corintiano e o jogador, o negócio tendia para a diluição do valor em dois ou três anos. Após ter recebido o prazo final do Valencia, na sexta-feira, José Mansur Farhat entrou em contato com Marcelinho e alegou que o clube estava passando por uma crise e que não teria condições de comprar seu passe. Na semana passada, após quatro derrotas consecutivas no Brasileiro, o Corinthians despediu o técnico Joel Santana. Apenas como multa de rescisão contratual, a equipe do Parque São Jorge terá que pagar US$ 800 mil a Joel. Punição Os atacantes Donizete e Mirandinha e o lateral Wilson Mineiro serão julgados hoje no Tribunal Especial da CBF, no Rio de Janeiro. Donizete e Mirandinha foram incluídos no artigo 310 do Código Brasileiro Disciplinar de Futebol, que corresponde a vias de fato e podem pegar uma pena mais severa. Donizete por ter acertado uma cotovelada em um jogador do Paraná e Mirandinha por ter pisado no zagueiro santista Jean. O caso de Donizete é ainda mais grave, pois ele é reincidente. Wilson Mineiro foi incluído no artigo 308 -jogada violenta. Texto Anterior: Time esconde fornecedor Próximo Texto: Segurança ameniza acusação contra a Gaviões Índice |
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