São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 1997 |
Próximo Texto |
Índice
Faustão e Gugu admitem excessos
MARIANA SCALZO
"Apresentei um programa de emergência", diz Fausto Silva. "Resolvi reduzir os quadros com mulheres para abordar temas mais legados a variedades, musicais e jornalismo", fala Gugu. No último domingo, o "Domingão" da Globo apresentou o quadro "sushi erótico", com as especialidades japonesas servidas sobre o corpo de mulheres nuas. As câmeras da emissora mostraram nus frontais por volta das 17h. No SBT, o programa comandado por Liberato, levou ao ar o quadro "Sentindo na Pele", em que o apresentador se fazia passar por mendigo. Em determinado momento, ele tentou alugar um bebê de uma mendiga de verdade. Para a deputada federal Marta Suplicy (PT-SP), que organiza o TVER -grupo que se reúne para pesquisar os efeitos nocivos da TV- e sugere uma comissão de ética no Congresso Nacional, a sociedade brasileira deveria refletir. "A Comissão do Senado sobre TV está parada. O Congresso tem de dar uma resposta." Segundo Silva, o "Domingão do Faustão" deve aderir a outra linha. "Se conheço a cabeça do Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, vice-presidente de coordenação estratégica da Globo) e do Roberto Irineu Marinho (vice-presidente-executivo da Rede Globo), vamos recuar." Mas Osvaldo Kaneko, proprietário do restaurante Kazumi de São Paulo, que serve o "sushi erótico", afirmou à Folha que já fechou sua participação no próximo domingo na Globo. "Já acertei com a produção do Faustão, até assinei os papéis, e vou para o Rio mostrar minha especialidade ao vivo no palco do programa. Até segunda ordem da Globo, não posso servir o 'sushi erótico' no restaurante", diz. "Gostei do resultado. Não esperava tanta audiência", completa. LEIA MAIS sobre a guerra de audiência às págs. 4-4 e 4-6 Próximo Texto: Disputa começou há dois domingos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |