São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ONG lança página na Internet

DA SUCURSAL DO RIO

Entidades ambientalistas do Brasil e do exterior integram uma rede especializada em denunciar a atuação dos traficantes de animais.
A rede prepara o lançamento de uma página na Internet, simultânea ao início de campanha de mobilização da sociedade para o drama vivido pelos animais. A campanha e a formação da rede estão sendo coordenadas pela ONG (organização não-governamental) brasileira Sociedade Mata Viva.
Uma das metas da rede é localizar no exterior animais brasileiros comercializados de maneira ilegal.
Qualquer um poderá, pela Internet, avisar sobre a existência de animais brasileiros em lojas de bichinhos de estimação, bastante comuns nos EUA e na Europa.
"Sem a guia, estará comprovado o tráfico de animais. Saberemos que aquele comerciante é cliente dos traficantes", disse o ambientalista Dener Giovanini, presidente da Sociedade Mata Viva.
Cerca de 80 entidades brasileiras e estrangeiras integrarão a rede de denúncia contra o tráfico.
"Em uma ação posterior, planejamos a montagem de um trabalho amplo de educação e conscientização ambiental", afirmou Giovanini, que é secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Três Rios (divisa do Estado do Rio com Minas Gerais), ponto de entrada de animais traficados no Rio.
Outro projeto da rede é o estímulo à doação de equipamentos para postos policiais de beira de estrada, em regiões frequentadas por caçadores e traficantes.
A rede prepara ainda o mapeamento das principais rotas do tráfico de animais no Brasil. Estão sendo levantados os trajetos mais usados pelos traficantes a partir das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, rumo ao Sudeste.

Texto Anterior: 90% morrem no caminho
Próximo Texto: Traficantes agem em florestas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.