São Paulo, terça-feira, 4 de novembro de 1997 |
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Crash não afeta venda de simental
DA REPORTAGEM LOCAL "Entramos bastante apreensivos no Jóquei Clube de São Paulo, pois momentos antes do início do leilão a crise nas Bolsas de Valores de todo o mundo havia sido anunciada. No final, a média de mais de R$ 30 mil por animal foi uma surpresa positiva."Empresário em São Paulo, Fábio Leme deu a declaração um dia depois que o pregão Must Simental, realizado em 28 de outubro último, conseguiu faturar R$ 871,4 mil por 29 cabeças e estabeleceu a maior média para um remate brasileiro de simental. O temor dos organizadores do leilão tinha fundamento. Os criadores de simental ou de outra raça de corte presentes no Jóquei Clube eram em sua maioria industriais e empresários como Leme. "É evidente que a turbulência no mercado financeiro poderia inibir os investimentos. Naquele mesmo dia, os financiamentos de automóveis pararam completamente, à espera de definições", afirma. Pesou na balança a qualidade dos animais da oferta e a boa fase de negócios com o simental no país, na opinião de Fábio Leme. "Havia lotes importados e nacionais. Todos comprovados como reprodutores, ou então premiados em pista. O termômetro de preço subiu, enquanto as ações despencavam nas Bolsas." A Gallus Agropecuária, por exemplo, pagou R$ 140 mil pela vaca Falhaven MS Prestige, que foi importada do Canadá pela fazenda e haras Santa Maria, de Avaré (268 km a oeste de São Paulo). Nos últimos meses, a Gallus, empresa que atua no mercado de engorda de boi com capital de terceiros, tem gastado muito dinheiro com a compra de gado e cavalo. A empresa adquire de garanhão andaluz a matriz limousin, de vacas holandesas a fêmeas simental. Outros lotes alcançaram preços altos no Must: Miss Ritz (R$ 112 mil), Negrinha (R$ 105 mil), Bar-5 Lady (R$ 77 mil). Todos foram comprados pela Gallus. Texto Anterior: Amazona conquista campeonato Próximo Texto: Fazenda quer obter mais carne com o nelore Índice |
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