São Paulo, terça-feira, 4 de novembro de 1997
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Para Galvêas, correção cambial deveria ser forte

DA SUCURSAL DO RIO; DA REPORTAGEM LOCAL

Reportagem Local
O economista Ernâne Galvêas, ex-ministro da Fazenda, entende que a superação das incertezas que cercam hoje a economia passa por uma mexida no câmbio.
"Se não fizermos isso, vamos passar a viver em uma aflição permanente. O tamanho dessa correção, o governo tem de saber qual é. Mas tem de ser uma correção importante, não uma correçãozinha de 2% ou 3%."
Ao mesmo tempo, segundo Galvêas, "o governo deve elevar os juros, restringir o crédito bancário com medidas adicionais aos juros e reduzir o déficit público, para evitar que a correção cambial gere inflação. Haverá um choque em um primeiro momento, mas em seguida a própria recuperação das exportações vai ajudar a recuperação da economia".
Paulo Nogueira Batista Jr., economista e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em São Paulo, diz que não dá para tomar uma medida isolada. "É necessário um ajuste fiscal profundo e a correção da política cambial, com desvalorizações mais acentuadas do real, que ajudariam a reduzir a dependência de capital externo."

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